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Água de Hemodiálise - RDC 11 - Endotoxina (LQ 0,125)

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Água de Hemodiálise - RDC 11 - Endotoxina (LQ 0,125)

Análise de Água de Hemodiálise segundo a RDC 11: Endotoxina Bacteriana

A análise da qualidade da água utilizada em procedimentos de hemodiálise é de fundamental importância para garantir a segurança e eficácia do tratamento. A Resolução da Diretoria Colegiada (RDC) 11, emitida pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA), estabelece os parâmetros que devem ser seguidos para assegurar que a água utilizada esteja livre de contaminantes prejudiciais aos pacientes. Um dos parâmetros críticos estabelecidos pela RDC 11 é a concentração de endotoxinas bacterianas na água de hemodiálise.

Endotoxinas Bacterianas: Definição e Importância

As endotoxinas são componentes da membrana externa de bactérias Gram-negativas, que, quando liberadas no organismo, podem desencadear uma série de reações inflamatórias e imunológicas. Em pacientes submetidos à hemodiálise, a presença de endotoxinas na água pode causar complicações graves, incluindo febre, calafrios, hipotensão e até mesmo choque séptico. Portanto, a monitoração rigorosa da presença de endotoxinas na água de hemodiálise é crucial para prevenir esses riscos.

Limite de Quantificação (LQ) para Endotoxinas

A RDC 11 define um Limite de Quantificação (LQ) para endotoxinas bacterianas na água de hemodiálise, que é de 0,125 EU/mL (Unidades Endotoxinas por mililitro). Este valor representa a concentração mínima de endotoxina que pode ser detectada e quantificada com precisão pelos métodos analíticos utilizados. A definição deste limite garante que os níveis de endotoxinas sejam mantidos dentro de um intervalo seguro para os pacientes, minimizando o risco de reações adversas.

Métodos de Detecção de Endotoxinas

Os métodos mais comuns para a detecção de endotoxinas bacterianas incluem o teste do Lisado de Amebócito de Limulus (LAL). Este teste é baseado na reação de coagulação que ocorre quando o lisado de amebócitos, extraído do caranguejo-ferradura (Limulus polyphemus), entra em contato com endotoxinas. Existem três variantes principais do teste LAL: gel-clot, turbidimétrico e cromogênico. Cada um desses métodos tem suas vantagens e limitações, mas todos são capazes de detectar endotoxinas em concentrações muito baixas, atendendo ao LQ estabelecido pela RDC 11.

Interpretação dos Resultados

A interpretação dos resultados da análise de endotoxinas bacterianas na água de hemodiálise deve ser feita com cuidado. Se a concentração de endotoxinas detectada estiver abaixo do LQ de 0,125 EU/mL, a água é considerada segura para uso em hemodiálise. No entanto, se os níveis detectados estiverem acima deste limite, medidas corretivas imediatas devem ser tomadas, incluindo a revisão dos processos de purificação da água, a manutenção e desinfecção dos sistemas de tratamento de água e a repetição dos testes para garantir a conformidade.

Conclusão

A análise da água de hemodiálise para a presença de endotoxinas bacterianas é uma medida essencial para a segurança dos pacientes. A RDC 11 estabelece um limite rigoroso de 0,125 EU/mL para endotoxinas, garantindo que a água utilizada nos procedimentos de hemodiálise seja segura e livre de contaminantes prejudiciais. A utilização de métodos analíticos precisos, como o teste LAL, assegura que as endotoxinas sejam detectadas e quantificadas com precisão, permitindo a implementação de medidas corretivas quando necessário. Dessa forma, a conformidade com a RDC 11 protege a saúde dos pacientes e assegura a eficácia dos tratamentos de hemodiálise.
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